32ª BIENAL DE SÃO PAULO ANUNCIA LISTA COMPLETA DE ARTISTAS E COLETIVOS

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Novas de Romero Brito

Artista com terno estampado da marca Dolce & Gabbana em frente ao Palácio de Buckinghan em Londres.


Dolce & Gabbana fez um agrado para o brasileiro Romero Britto - e um doloroso atentado para a visão humana. A grife italiana lançou mão da linha Alta Sartoria, a mais exclusiva da marca, para presentear o artista com um terno estampado com sua colorida obra. Britto foi às redes sociais divulgar o mimo.
Ele publicou imagens do croqui do paletó, além de uma sequência de fotos com amigos, o terno e também sapatos combinando. Destaque para o momento em que Britto surge em Londres, em frente ao Palácio de Buckingham, com o figurino e um carro inteiro revestido por sua obra. O conceito de "imagens fortes" ganhou então um novo significado.

Ron Mueck

Ron Mueck é um escultor australiano hiperrealista que ultiliza efeitos especiais cinematográficos para criar obras de arte. São incrivelmente realistas e se não fosse o tamanho das esculturas seria fácil confundi-las com pessoas. Nasceu em 1958 e cresceu vendo seus pais construírem brinquedos. Sua mãe fazia bonecos de pano e seu pai brinquedos e marionetes. Segundo relatos Mueck adquiriu esse perfeccionismo por causa de seu pai, que sempre exigia que fizesse tudo perfeito.
As obras são incrivelmente realistas e se não fosse o tamanho de suas esculturas certamente seriam fáceis de serem confundidas com pessoas. Ou são muito grandes ou muito pequenas, jamais do tamanho humano.
A nossa primeira reacção perante uma obra de Ron Mueck é de espanto. A nossa admiração surge quase instintivamente ao examinarmos os pormenores dos corpos humanos que invariavelmente são o tema das suas esculturas. Será o autor um artista ou apenas um excelente artesão - um técnico? É o próprio quem se coloca à margem desta polémica: "Jamais quis ser um escultor. Não sei bem porque faço isto mas não me imagino a fazer outra coisa. Não me considero um artista, isto é simplesmente a única coisa que sei fazer.

Uma das primeiras obras que apresentou foi uma escultura do seu pai, recentemente falecido, todo nu. Plena de realismo, a escultura tinha outra característica ainda mais chocante: não media mais do que 1 metro de comprimento. Que ideia macabra era aquela? Longe de ser escandalosa, tratou-se de um sentido acto de amor. 

Esta é uma das enormes virtudes das obras de Ron Mueck: a fragilidade dos seres humanos apresentada de um modo cru, não seres humanos perfeitos mas precisamente o contrário. É essa qualidade que as torna insuportavelmente reais mas também profundamente emotivas, tocantes até, a que a escala monumental ou diminuta das figuras acrescenta uma estranheza inquietante. Simultaneamente reais e falsas, encarnam afinal a dualidade do ser humano, também portador, tal como Pinóquio, da verdade e da mentira. 

Ron Mueck já teve sua arte exposta nas maiores galerias do mundo. O sucesso de sua primeira exposição já foi estrondoso, quer seja pela sua arte, quer seja pelo impacto que ela provoca. 

A fibra de vidro tornou-se seu mármore e seu bronze.